A luta da Torcida por um Figueirense melhor

A necessidade de mudança no estatuto do clube ecoa entre os torcedores e membros do conselho, mas de forma diferente entre ambos. Enquanto vemos um Conselho que prefere uma mudança pouco significativa, dando ao torcedor um falso poder de escolha, limitando a sua participação com cláusulas ridículas, vemos também uma movimentação diferente entre a torcida do nosso Furacão, com uma intensa busca por algo novo, com ideias novas todas as semanas.

Primeiro foi a Democracia Alvinegra que surgiu ano passado, ganhando destaque por ser um movimento legitimo que buscava uma mudança em como o cenário político do clube se desenhava, querendo transparência e efetivamente uma postura diferente do clube em relação ao processo de escolha de seus dirigentes. Após um período de fracassos na Serie B desse ano surge a ideia de um protesto antes de um jogo. A ideia foi imediatamente aceita na internet, com muitos torcedores confirmando a presença, mas com certeza a chuva e frio atrapalharam a movimentação por essa ideia. Muitos ainda reclamaram que as exigências elaboradas por esse protesto estavam fora da realidade. Mas será mesmo?

Ao se protestar é necessário expressar o porque, os motivos que levam a torcida a fazer tal ato, e realmente esses motivos estavam expostos claramente na idéia do ato. Não interessa se a volta de Fernandes é complicada, ou se os jogadores e dirigentes ali citados fossem de difícil remoção do clube, o torcedor tinha que expressar sua insatisfação com o que ocorria. Ou você acha que as manifestações, principalmente no Rio de Janeiro, não sabiam que era impossível pedir a saída de um governador? Mas o barulho foi feito, pedindo sua saída e assim deixando claro a insatisfação com o momento.

Agora é a hora de uma petição online, recolhendo assinaturas por uma mudança radical dentro do Scarpelli. O movimento foi um sucesso desde a sua criação e tem objetivo principal de entregar ao Conselho do clube as reivindicações, como diminuição do tempo de sócio para votar, fim dos Conselheiros Natos e  eleições diretas no clube. Com certeza o barulho que vem da torcida incomodam os membros de nossa diretoria e isso foi possível ver no teatro do Conselho em lançar uma nota de apoio ao presidente. Todo mundo tem rabo preso ali dentro e isso fica muito claro.

O que deixou o torcedor ainda mais confiante com essa petição foi ver o fato do nosso grande ídolo Fernandes aderir a causa, assinando e ainda divulgando em seu Twitter oficial tal gesto. Um ídolo vai muito além do que representa em campo, e nosso eterno camisa 10 mostra que vestia essa camisa com orgulho, que seus anos de dedicação ao clube eram por amor e o respeito que ele tem pela nossa torcida ultrapassa qualquer atitude desrespeitosa que o clube teve com ele. Alias, aquela duvida clássica que surge ao abordar esses fatos: Será que Fernandes não teria sido fundamental nesse processo de reformulação da equipe no ano? Com certeza muita coisa seria diferente, a torcida teria mais paixão pelo time, mais presença e o elenco teria aquela referencia que tanto falta. Com certeza a sua dispensa foi equivocada. Mas não pra diretoria, que sabia que um jogador de OPINIÃO, um jogador com amor a camisa, seria um grande obstáculo  a esse tipo de administração com laços distantes com a torcida.

Mas os ventos da mudança chegaram…..

OOOO, O FIGUEIRA VOLTOU……..

…. a ser o time medíocre de todo o primeiro turno da serie B.

E a mudança que todos vimos e esperávamos parece realmente que durou apenas o primeiro tempo do jogo contra o Oeste. O Figueirense medíocre que vimos esse ano voltou, e em grande estilo. Mais uma derrota vergonhosa para um adversário fraco, com direito a um show de horrores de Neneca, com uma quantidade de falhas absurdas nos poucos jogos que fez.  O time voltou a ser o amontoado de jogadores em campo sem vontade, sem organização, apenas se movimentado de um lado ao outro, sem raça.

Pior é ver que as poucas qualidades que esse time possui sucumbem ao fraco desempenho dos demais. A virtude que surgiu durante o jogo do Oeste, de um time ofensivo, procurando o gol, procurando criar jogadas, foi trocada ontem por um time sem poder no meio, sem força na marcação e sem força pra criar. Eu não consigo ver o time jogando com Maylson e Tinga juntos.  São dois jogadores que ocupam a mesma faixa do campo e pior, nenhum dos dois tem características de marcação e criação de jogadas. E num meio campo com um volante de contenção e um armador, ter duas peças nulas não tem como dar certo.

Perdemos a grande chance de terminar o turno perto do G4. No momento estamos ficando longe de qualquer possibilidade no curto prazo de voltarmos a zona de classificação. Os reforços prometidos a uma semana pelo nosso Presidente até agora não chegaram, os famosos reforços parar serem titulares. E o pior, é que quando chegarem vão precisar treinar, entrar em forma, ganhar ritmo, porque sabemos que os nomes divulgados na imprensa são de jogadores que não estão jogando no momento. Então torcedores alvinegros, se preparem para mais desespero nas próximas rodadas.

ASSINE A PETIÇÃO “ MENOS APLAUSOS, MAIS DEMOCRACIA”

http://ffc.vc/democraciaja

 

PARTICIPE DESSE NOVO MOMENTO DO CLUBE.

O Clube cada vez mais longe de sua Torcida

O fim da Era Prisco no Figueirense foi um marco para a historia do clube, por N razões, como por exemplo o fim da era mais grandiosa do clube, mas também como o recomeço de um clube mais próximo do torcedor, um verdadeiro Figueirense, amparado no que de mais forte ele tem, que é a torcida. A mudança de gestão na época foi uma conquista, elevando o espírito do torcedor, com ações de marketing que traziam o torcedor, ou seja, um novo momento entre clube e torcida.

Só que mal sabíamos que esse momento na verdade era um teatro, essa aproximação do clube ao torcedor era fantasiosa, apenas uma enganação para manter a política do Pão e Circo como o Diego, vulgo Tainha, gosta de colocar em seus posts. Após um período de grande sucesso nos gramados e o orgulho da nação alvinegra nas alturas, um 2012 conturbado serviu para mudar muitas coisas em nosso clube, com reviravoltas, brigas internas, quebras de contratos, etc, aquelas palhaçadas que todos nós vimos durante o ano. O rebaixamento era questão de tempo.

Com esse conturbado momento veio a tona novamente o quanto o torcedor alvinegro importa para os dirigentes: NADA. Melhor, importa sim na hora que paga sua carteirinha de sócio, de dar aquela contribuição mensal . Nosso time é comandado por Conselheiros, que insistem em ter um homem forte para dividir as responsabilidades, ou melhor, alguém forte para decidir por eles. Alguém que simplesmente os informe de vez em quando o que ocorre na direção do clube, para quando tudo cair de vez, o Conselho convocar algo e ai sim mostrar (ENGANAR) ao torcedor que está atento a tudo que acontece e que exige mudanças. Ou seja, mais TEATRO. Sem esconder na cara dura de o que realmente muitos querem ali no comando do clube é o terreno central ao qual nosso Estádio se situa. Não me surpreende se logo ficarmos sem nosso Scarpelli.

O reflexo dessa política de afastamento é mostrado no publico ridículo para os nossos padrões, bem como um protesto com pouco mais de 50 pessoas, guerreiros que enfrentaram o frio e chuva pra lutar pelo nosso alvinegro. Hoje, o torcedor não sente mais aquela vontade de ir ao Scarpelli, de enfrentar qualquer tempo para apoiar e ver nosso time triunfar. A PAIXÃO continua, mas a entrega acabou. E como  questionar alguém que diz que não vai mais para o campo?? Não tem como questionar… o numero de argumentos que essa pessoa explica para não ir aos jogos supera qualquer questionamento. O novo estatuto está ai, sem mudanças a curto prazo que possa mudar a nossa realidade. Continuamos afastados do clube, sem poder, simplesmente uma massa para tentar ser manipulada. Ainda bem que a visão da nossa torcida está mudando. O movimento de mudança cresce a cada dia. Um novo Figueira irá surgir. Quem sabe em uma reunião de torcedores mais ativa? Uma entidade de torcedores… bom, mas isso é assunto pra outros tópicos… Valeu!